Anestesia para Parto: O que é preciso saber?

Com a aproximação do término da gestação, dúvidas e medos começam a incomodar as gestantes. Questionamentos como, se haverá dor no parto e se a anestesia compromete o bebê, entre tantas outras surgem. O anestesiologista tem papel fundamental no processo de esclarecimento dos tipos de anestesia que podem ser utilizadas de acordo com o tipo de parto escolhido pela gestante junto ao obstetra, com isso reduzindo a ansiedade e possíveis complicações que podem acompanhar esse momento.

Para o parto pode ser utilizada a anestesia peridural e raquidiana, estas podem ser combinadas ou usadas isoladamente, tanto no parto cesárea quanto no parto normal. Nesse último, a medicação é aplicada em menor quantidade, para garantir que a gestante continue sentindo as pernas. A anestesia é utilizada com a finalidade de reduzir ou abolir a dor, além de proporciona maior conforto e segurança, tanto para a gestante, quanto para o bebê.

Como as anestesias são aplicadas?

Os 2 tipos de anestesia — peridural e raquidiana — são aplicados utilizando seringa e agulha, na região entre as vértebras das costas da gestante. Os profissionais de saúde presentes no momento do parto irão auxiliar a gestante a se posicionar de maneira segura – geralmente sentada com as costas curvadas para frente, para que essa área da coluna possa ficar exposta, facilitando a aplicação da anestesia no local correto.

Tipos de anestesia: suas vantagens e desvantagens

  1. Anestesia peridural: habitualmente utilizada no parto normal, ou cesariana em casos que o obstetra prevê um tempo maior para a realização do procedimento. É introduzido um cateter fino entre as vértebras da coluna da gestante até atingir o espaço peridural, onde é administrado o medicamento anestésico. O efeito inicia em torno de 10 minutos após a administração, e o medicamento bloqueia a sensação de dor.
  2. Anestesia raquidiana: essa opção é mais comum em cesária, e também é indicada para gestantes que estão sentindo muita dor, pois proporciona alívio mais rápido. Utilizando uma seringa com agulha o medicamento é aplicado na região lombar, e a introdução da agulha tende a ser mais profunda do que na técnica peridural, e o efeito do medicamento pode aproximadamente 3 horas.
  3. Anestesia Combinada: dependendo da intensidade da dor e do tipo de parto o anestesiologista pode optar pela administração combinada da anestesia raquidiana e peridural. Enquanto a raquidiana oferece alívio imediato da dor, a peridural permite uma duração mais prolongada do efeito anestésico.
  4. Anestesia Geral: A anestesia geral não pode ser descartada totalmente, em geral, isso acontece quando há um quadro de cesárea emergencial, falhas no bloqueio espinhal ou quando a mãe tem algum quadro que impeça a punção lombar. Quando utilizada a gestante irá dormir durante o parto e não verá o nascimento do bebê, por isso é importante ela estar ciente. Além disso, também não é descartada a possibilidade de efeito do anestésico no bebê, podendo ficar mais sonolento no momento do nascimento, porém sem riscos adicionais.

Podem ocorrer efeitos colaterais após a anestesia?

Após a realização da anestesia para o parto a paciente pode apresentar coceira e enjôo, esses sintomas são comuns, e o anestesiologista pode administrar medicamentos para controle destes, caso seja necessário, proporcionando maior conforto no pós-operatório.

O processo de anestesia é de responsabilidade do anestesiologista junto à gestante, avaliando as condições clínicas da paciente e realizando o levantamento da história clínica da mesma. Dessa forma é possível realizar um planejamento anestésico seguro, reduzindo os riscos de complicação o máximo possível, o que contribuirá para uma experiência mais próxima do que a paciente e seus familiares desejam.

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