Como funciona a administração da anestesia em cirurgias prolongadas?

De acordo com o contexto histórico, uma das primeiras cirurgias prolongadas descritas foi realizada no ano de 1951, em Chicago (EUA), relacionada à remoção de um cisto ovariano com aproximadamente 130 kg. O tempo de procedimento foi de 4 dias, em razão da complexidade e compatibilidade do cenário na época.

As cirurgias de grande porte, além de mais complexas e longas, estão relacionadas a uma perda elevada de sangue e apresentam maior risco de complicações no intra e pós-operatório. Entre elas estão a neurocirurgia, as cirurgias cardíacas, urológicas, no pulmão, fígado, pâncreas e intestino.

Os profissionais da anestesiologia são fundamentais em todos os processos, desde os exames pré-operatórios até a finalização da intervenção. Afinal, a anestesia é capaz de garantir que o paciente permaneça com suas funções orgânicas equilibradas e não apresente dor durante o procedimento.

Quer saber como funciona a administração da anestesia em cirurgias prolongadas? Continue lendo este artigo.

Os primeiros passos da anestesiologia

Quando a operação é agendada, recomenda-se que o paciente passe por uma consulta pré-anestésica. Nesse momento, haverá uma avaliação especializada para verificar as condições clínicas do indivíduo e a complexidade da cirurgia, bem como os exames a ser realizados, que variam de acordo com cada caso.

Ainda nessa consulta, o médico anestesiologista levará em consideração fatores como peso, idade e histórico de saúde para definição do planejamento anestésico, de acordo com cada paciente.

É por meio  da avaliação pré-anestésica que o profissional poderá escolher o tipo de anestesia a ser administrada, sempre em conjunto com o cirurgião.

O tipo de anestesia indicada para cirurgias prolongadas

Operações complexas e de grande porte, na maioria das vezes, são realizadas com anestesia geral. Ela age diretamente no cérebro e bloqueia os estímulos dolorosos. O nível de consciência do paciente é rebaixado ficando assim, desacordado, em um estado popularmente conhecido como coma induzido. O sistema respiratório pode ficar mais devagar, necessitando de intubação e ventilação mecânica.

A anestesia geral é aplicada diretamente na veia ou mediante inalação. Na técnica endovenosa, o efeito anestésico ocorre  em poucos segundos, enquanto a inalatória precisa de mais tempo para chegar ao cérebro.

Embora o paciente esteja inconsciente, há necessidade de aprofundar a anestesia para que a cirurgia seja realizada e não haja dores, por meio de medicamentos como o analgésico opioide, por exemplo.

O que ocorre antes da administração da anestesia?

Para que o paciente entre no centro cirúrgico mais tranquilo, é realizada a medicação pré-anestésica. A finalidade desse medicamento é promover a redução do estresse e da ansiedade, agindo como um calmante de ação leve.

O que ocorre após a administração da anestesia?

Depois que o anestésico foi aplicado e a operação já começou, o anestesiologista é responsável por monitorar os sinais vitais do paciente e ficar atento a qualquer anormalidade. 

Principalmente em cirurgias que levam muitas horas, é necessária a manutenção da anestesia geral. Para essa etapa, a técnica mais indicada é a inalatória.

Conforme o procedimento avança, o profissional reduz os anestésicos para evitar problemas como desaceleração dos batimentos cardíacos e hipotensão.

O tempo do efeito da anestesia

A duração da anestesia é planejada pelo anestesista, de acordo com o tempo que o cirurgião precisa para fazer a operação. Uma cirurgia no coração, por exemplo, pode durar cerca de 10 horas.

O risco de o paciente acordar antes do tempo programado é quase nulo. Além disso, diversos hospitais já contam com um equipamento para avaliar o nível de consciência do indivíduo durante todo o procedimento.

O que ocorre no fim da cirurgia?

Depois que a administração das drogas já foi reduzida, começa-se a planejar a cessação da anestesia com o fim da intervenção cirúrgica. Também é quando são administrados analgésicos para evitar que o paciente desperte com dores na região operada. 

Quando os anestésicos são eliminados, aos poucos, da corrente sanguínea, o indivíduo volta a recuperar seus níveis de consciência e consegue respirar sem a ajuda de aparelhos. 

Agora, você já sabe como funciona a programação e administração da anestesia em cirurgias complexas e prolongadas. Provavelmente, também conseguiu perceber a importância do planejamento e da competência dos profissionais para o sucesso da operação.

É por isso que a CMA se preocupa em garantir a qualidade técnica e atualização constante de toda a equipe. Mais segurança para o paciente é o que nos move. Pode contar com a gente!

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