O que significa estar em coma?
Alteração do nível de consciência evidencia-se num paciente que não está orientado, não obedece a comandos ou que necessita de estímulos persistentes para atingir um estado de vigilância. Para o National Institute of Neurological Disorders and Stroke, “o coma é um estado de não responsividade do qual o indivíduo ainda não foi despertado, durante este período se perdem atividades cerebrais superiores, conservando-se o controle do sistema cardiorrespiratório”.
Existem dois tipos de coma, o fisiológico e o induzido, sendo, em uma perspectiva geral, definidos como um estado em que o ser humano fica incapaz de interagir adequadamente com o meio externo, como consequência de suas atividades neurais diminuídas.
O coma, também conhecido como estado vegetativo persistente, é um estado profundo de inconsciência. No coma não há respostas intencionais a estímulos internos ou externos, embora possam estar presentes respostas não intencionais a estímulos dolorosos e reflexos do tronco cerebral. Pode ocorrer como uma complicação de uma doença subjacente ou como resultado de lesões, como traumatismo craniano.
O coma induzido, como é conhecido popularmente, é denominado pelos médicos de sedação. Esta ocorre pela administração de fármacos sedativos que reduzem a função cerebral e mantêm as funções vitais com auxílio de tecnologias disponíveis para o tratamento do paciente crítico. Ou seja, a inconsciência é provocada pelo uso de medicamentos controlados prescritos pelo médico.
Para a segurança do paciente, o “coma induzido” é realizado em ambiente de UTI, em que se utiliza a ventilação mecânica, aparelho que o ajuda a respirar, assim como uma ampla monitorização de todos os dados vitais do paciente, diminuindo os riscos de uma parada cardiorrespiratória ou, até mesmo, reações anafiláticas. A sedação é indicada para controle da ansiedade e da dor, uso de ventilação mecânica e também como coadjuvante na assistência ao paciente com Traumatismo Cranioencefálico (TCE).
No intuito de aferir o nível de consciência do paciente, o médico utiliza a Escala de Coma de Glasgow, indicada para avaliação neurológica. Porém, se o estado de coma é induzido por sedativos, essa verificação deve ser feita por meio de escalas que avaliam o nível de sedação.
O anestesiologista é o profissional mais adequado para a prescrição de fármacos que induzem a inconsciência de maneira segura e eficaz, pois utiliza protocolos previamente estabelecidos e diretrizes consolidadas da prática médica.