Um dos trabalhos produzidos pela equipe CMA e premiado na 3ª Mostra de Qualidade da Rede D’Or foi o “Tracer clínico sobre controle de dor no pós-parto: impacto sobre a percepção do cuidado e a acurácia do registro em prontuário”, produzido pelos especialistas Leopoldo Muniz, Erica Cristina de Paula, Arthur Abib, Talita Magalhães e Saullo Silveira, da equipe de anestesiologia da CMA.
O estudo permitiu determinar que a concordância entre a percepção do paciente e o registro em prontuário apresentava-se de forma moderada, com consequente baixa sensibilidade do indicador de processo, fazendo com que indivíduos com dores não fossem incluídos no gerenciamento e enviesando a análise dos resultados do protocolo e seu impacto sobre o cuidado.
Além disso, o aprofundamento permitiu analisar como processos assistenciais que envolvem a percepção do paciente requerem mais do que indicadores baseados em registro em prontuário, mas também análises periódicas por meio de tracers clínicos, reduzindo viés de informação.
Envolver o paciente no cuidado e considerar que o controle de dor deva ser percebido pelo próprio para melhoria assistencial foi um fator que implicou positivamente na acurácia do registro de gerenciamento do sintoma, o que refletiu em melhor ajuste entre a assistência descrita em prontuário e o que de fato ocorreu na prática assistencial.
O nível de conforto é outro fator que pode ser considerado no processo de reavaliação da dor, não sendo a escala de dor quantitativa um indicativo absoluto de que o paciente necessita de tratamento farmacológico no processo de gerenciamento.
O material também está publicado nos Anais da Qualidade da Rede D’Or, e para ler basta clicar no link: