A segurança do paciente cirúrgico passa também pelo planejamento dos medicamentos que devem ser administrados a ele.
Uma etapa importante nesse processo é a chamada reconciliação medicamentosa. Sua realização está associada à redução do número de eventos adversos que ocorrem durante a assistência ao paciente.
O que é a reconciliação medicamentosa?
Antes de uma cirurgia, os profissionais de saúde precisam fazer uma lista minuciosa de todos os medicamentos utilizados pelo paciente em sua rotina – como, por exemplo, remédios contra hipertensão e anticoncepcionais.
Com essa lista em mãos, os profissionais indicam quais remédios o paciente deve ou não ingerir antes da cirurgia, no período de internação e após a alta.
Essa avaliação é feita pelos médicos, farmacêuticos e enfermeiros envolvidos no cuidado ao paciente.
Os profissionais levam em conta, por exemplo, a possível interação com outros medicamentos dados ao paciente durante o período no hospital.
Como é feita a reconciliação medicamentosa em paciente cirúrgico?
Na avaliação pré-anestésica, o Anestesiologista identifica os medicamentos de uso habitual do paciente, e orienta se devem ser mantidos ou suspensos para a realização da cirurgia, mesmo antes da internação.
Existem medicamentos que são contraindicados para a realização da cirurgia, como os anticoagulantes, que aumentam o risco de sangramento se ingeridos dias antes da cirurgia. Assim como é fundamental a continuidade de medicamentos como os da classe medicamentosa anti-hipertensivos.
Além disso, o Anestesiologista é responsável por avaliar a necessidade de manutenção dos medicamentos após o término da cirurgia. E assegurar a comunicação com a equipe multiprofissional para garantir a continuidade de administração durante o período de internação.
Para que todo esse processo aconteça é importante o envolvimento do paciente e da família, realizando a educação e esclarecimento das dúvidas relacionadas com os medicamentos que são necessários ou proibidos.
Os Anestesiologistas da CMA estão preparados e utilizam protocolos estruturados para garantir a realização da reconciliação medicamentosa, e consequentemente a manutenção da segurança do paciente.