Desmistificando a Anestesia no Parto Normal

Apesar dos avanços da medicina, que trazem maior segurança na condução do parto normal, tanto tecnicamente quanto na utilização de medicamentos, ainda há mitos que impedem a gestante de considerar o parto normal como alternativa.

Existem gestantes que vivem uma dualidade para escolher qual tipo de parto é o mais adequado para ela e o bebê. Desejam o parto normal, mas possuem medo da dor e do quanto essa sensação pode influenciar negativamente na experiência desse momento. Ao mesmo tempo, questionam o quanto a utilização da anestesia, como recurso de alívio da dor, pode causar danos ao bebê.

Hoje é possível utilizar a anestesia peridural para a realização do parto normal, sem prejuízos para a gestante ou o bebê. Ela deve ser realizada por profissional capacitado e experiente para reduzir o risco de complicações, presente em qualquer procedimento cirúrgico.

Na anestesia peridural, a medicação é aplicada aos poucos, por um cateter fino, conforme o parto vai evoluindo e a gestante sente necessidade. Ela faz efeito em cerca de dez minutos e permite que a mulher ande e perceba as suas contrações, sendo possível auxiliar no movimento para a descida do bebê pelo canal do parto. Quando a anestesia é feita na dosagem correta e por um médico experiente, ela pode ajudar na evolução do trabalho de parto estacionado, uma vez que estudos indicam que um dos motivos do parto não progredir é a dor intensa sentida pela gestante. Por outro lado, quanto mais a dilatação tiver evoluído no momento da aplicação da anestesia, melhor, pois quando ela é introduzida muito cedo, há o risco do ritmo de evolução desacelerar, e prolongar o período do trabalho de parto.

Outra preocupação frequente da gestante é se a anestesia pode causar complicações para o bebê. Quando as técnicas para anestesia obstétrica são utilizadas de acordo com as recomendações científicas para segurança, os riscos de efeitos colaterais para o bebê serão extremamente reduzidos. A maioria dos medicamentos utilizados para essa anestesia, mesmo que entre em contato com o bebê, pouco interferem em sua vitalidade. No entanto, é importante, como em qualquer parto, a monitorização dos sinais vitais e de consciência do bebê.

Os anestesiologistas da CMA são preparados e possuem experiência para atuar nas anestesias obstétricas. Seguem protocolos específicos para o perfil da gestante, antecipando-se à ocorrência de complicações e promovendo segurança no momento do parto, para a gestante e o bebê. 

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