A raquianestesia ou anestesia raquidiana é muito usada. O procedimento consiste em uma punção na região lombar, onde se introduz uma agulha que, após injetar o anestésico, é imediatamente retirada.
Este tipo de anestesia, quando recomendada, apresenta menos riscos que a anestesia geral. Uma das complicações mais comuns é o extravasamento do líquor pelo furo da agulha, não pela gravidade em si, mas pelo desconforto causado pela perda do líquor cefalorraquidiano, que provoca queda na pressão intracraniana. O líquor cefalorraquidiano – LCR – é um fluido presente nas cavidades cerebrais e na medula espinal. Além de proteger, amortecer e fornecer nutrientes, ele também mantém o equilíbrio da pressão intracraniana.
Não existem meios de evitar tal complicação, mas estudos evidenciam que o uso de agulhas não cortantes e de menor calibre reduzem o risco. Recomenda-se boa hidratação como profilaxia.
Sintomas: dor de cabeça intensa, localizada na testa e na parte posterior da cabeça, que aumenta com o movimento, enquanto sentado ou em pé; tonturas, náuseas e enjoos. Geralmente, ocorrem de 24 a 48 horas após o procedimento, mas também podem ocorrer em até cinco dias após o procedimento.
Tratamento: repouso absoluto. Recomenda-se deitar sem travesseiro no leito e beber bastante água. O médico prescreve medicamentos para alívio da dor e náuseas. Quando não há melhora dos sintomas, após avaliação médica, algumas vezes é indicado um procedimento realizado pelo anestesista chamado “blood patch”, equivalente a um tamponamento no furo.
Procure o seu anestesiologista em caso de sintomas compatíveis com esta cefaleia. Somente o médico especialista pode fazer esse diagnóstico.